Tenha Exercícios de Hidroterapia





Olá, eu sou a Dani Souto. No texto de hoje, falaremos sobre: Tenha Exercícios de Hidroterapia


A hidroterapia, também conhecida como fisioterapia aquática ou aquaterapia, é uma atividade terapêutica que consiste na realização de exercícios dentro de uma piscina com água aquecida, em torno dos 34ºC, para acelerar a recuperação de atletas lesionados ou pacientes com artrite, por exemplo.

Geralmente, a hidroterapia é feita por um fisioterapeuta e é muito utilizada por gestantes e idosos porque ajuda no tratamento de:

  • Artrite, artrose ou reumatismo;
  • Problemas ortopédicos, como fraturas ou hérnias discais;
  • Lesões musculares;
  • Dores articulares;
  • Inchaço nas pernas;
  • Dificuldade respiratória;
  • Problemas neurológicos.

A hidroterapia utiliza os efeitos terapêuticos que a água oferece para proporcionar ao paciente melhores condições para a realização dos movimentos que até então poderiam ser impossíveis de se realizar em solo.

A imersão na água aquecida oferece benefícios como o relaxamento e analgesia, e o empuxo alivia o estresse sobre as articulações reduzindo as forças gravitacionais relacionadas ao movimento, fazendo com que uma atividade de sustentação de peso, por exemplo, que pode ser contraindicada no solo, possa ser realizado com segurança na piscina durante a sessão de hidroterapia.

Fora esses efeitos, a hidroterapia explora as diferentes propriedades da água que são transformadas em benefícios terapêuticos. São elas: 

  • Densidade relativa – é o que determina a capacidade de flutuação de um objeto ou corpo. A densidade da água é 1 e tudo que é menor que 1, flutua. O corpo humano possui densidade relativa de aproximadamente 0,93 e por isso ele tem a capacidade de flutuar. Essa propriedade pode ser utilizada para dar suporte a articulações enfraquecidas e proporcionar assistência e resistência durante o movimento na água. Além disso, a flutuação oferece a possibilidade de reproduzir movimentos e posturas difíceis de serem realizadas em solo.
  • Força de empuxo – é uma força de sentido contrário ao da gravidade (de baixo para cima) com intensidade igual ao peso do volume de água deslocado. Esse efeito é utilizado como resistência ao movimento dentro da água, fortalecendo a musculatura sem aumentar o impacto articular. Além disso o empuxo estimula a circulação periférica e fortalece a musculatura respiratória.
  • Pressão hidrostática – É a pressão exercida pelo líquido no objeto nela imerso. Quanto mais profunda a imersão, maior é a pressão hidrostática, ou seja, quando um paciente está de pé em uma piscina, seus pés receberão uma maior pressão do que a região do tórax, por exemplo.
    A pressão hidrostática oferece analgesia (Teoria das Comportas), reduz edemas e aumenta o débito cardíaco.
  • Viscosidade – é a força de atrito entre as moléculas da água, causando resistência ao fluxo. Movimentos rápidos dentro da água aumentam esse atrito gerando o que conhecemos como turbulência, que pode interferir no deslocamento do corpo do paciente na água. A turbulência pode ser utilizada tanto como resistência para treinos de fortalecimento como auxílio para a realização de algum movimento.

Um dos maiores benefícios da hidroterapia é que praticamente todos os exercícios podem ser realizados dentro da piscina, visto que o fisioterapeuta consegue oferecer toda a segurança para que o paciente consiga realizar os exercícios sem esforço e ainda utilizando a água como resistência ou como auxílio do movimento em questão.

O fisioterapeuta pode ainda utilizar todos os recursos que a água oferece para conseguir benefícios extras para o processo de reabilitação.

Exercícios estáticos

Os exercícios estáticos são indicados para a fase inicial do tratamento, para a adaptação do paciente no meio aquático.

Eles também são indicados para casos em que o paciente não consiga realizar algum tipo de movimento, seja ele por dor ou fraqueza muscular.

Pode-se também utilizar os exercícios estáticos para realizar os mais diversos tipos de alongamentos musculares.

Exemplos:

  • Paciente em pé, encostado na borda da piscina, com joelhos flexionados a 90º e água na altura dos ombros. Realizar expirações longas sobre a água. Evoluir com a imersão da boca e posteriormente, com a imersão da boca e nariz na água para treino de respiratório.
  • Paciente flutuando na piscina utilizando flutuadores em membros superiores, inferiores e pescoço (e quadril, caso seja necessário). Realizar um movimento de turbulência na água com as mãos próximo do membro acometido e solicitar ao paciente que mantenha o membro no lugar.
  • Paciente em pé, encostado na borda da piscina. Elevar um dos membros inferiores mantendo a extensão de joelho e a flexão plantar de tornozelo. Tomar cuidado para que o paciente não compense o alongamento fazendo uma retroversão de quadril.

 Exercícios dinâmicos

Todos os exercícios dinâmicos realizados em solo podem ser facilmente realizados na água, com a facilidade de ter a água como auxílio ou resistência do movimento.

Exercícios aeróbicos como caminhada na piscina, bicicleta aquática e step podem ser utilizados como aquecimento e para treino cardiorrespiratório.

Exercícios de fortalecimento podem ser realizados tanto em posição ortostática como em flutuação. Cabe ao fisioterapeuta avaliar qual a melhor forma para o paciente em questão.

Os exercícios podem ser realizados utilizando a água como resistência para um maior ganho de força muscular. Pode-se ainda utilizar pesos especiais para hidroterapia caso seja necessária uma carga maior.

Para pacientes com muita fraqueza ou com paralisia, pode-se utilizar a água para auxiliar o movimento como uma espécie de movimento passivo. Basta fazer movimentos de turbulência na água que movimentem o membro paralisado para o sentido desejado.

Os treinos de equilíbrio são muito bem indicados na piscina, pois a instabilidade da água é um excelente meio para o tratamento de equilíbrio em pacientes de várias patologias, principalmente as de origem neurológica como AVC, Mal de Parkinson e Mal de Alzheimer.

Os treinos de marcha também são bastante indicados principalmente para pacientes que possuem medo de caminhar em solo.

Exemplos:

  • Paciente em flutuação, com flutuadores em membros inferiores, superiores e cabeça (e quadril, caso necessário). Solicitar abdução e adução de quadril utilizando a resistência da água como sobrecarga.
  • Paciente em pé, com as mãos apoiadas na borda da piscina. Colocar uma caneleira de hidroginástica e realizar extensão de quadril contra a resistência da água.
  • Paciente em pé no meio da piscina. O fisioterapeuta realiza movimentos de turbulência na água em volta do paciente para causar ainda mais instabilidade. Solicitar ao paciente que tente se manter equilibrado pelo maior tempo possível.
Um programa de hidrocinesioterapia abrangente aborda não apenas as necessidades de reabilitação, mas também as necessidades de condicionamento do paciente, levando em consideração os componentes psicológicos, fisiológicos e sociológicos da qualidade de vida.

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