Atendimento Psicológico na Violência contra Mulheres





Olá, eu sou a Dani Souto. No texto de hoje, falaremos sobre: Atendimento Psicológico na Violência contra Mulheres



Desde 1991, a violência contra a mulher é reconhecida pela Organização Pan-Americana de Saúde - OPS - como causa de adoecimento das mulheres, sendo considerada uma questão de saúde pública. É importante frisar que, embora haja diversas classificações e definições,  este tipo de violência se caracteriza por ser uma violência cometida por um homem contra uma mulher, sendo determinada pelos modelos culturais do que é ser homem, do que é ser mulher e de qual a função da violência nas relações interpessoais e de poder. Essa condição de gênero determina a existência desse tipo de violência, mais freqüentemente, no espaço socialmente estabelecido para as mulheres: o espaço privado, a família, o domicílio. Nesse caso, o agressor deixa de ser um estranho e passa a ser alguém com quem a mulher tem alguma ligação afetiva: parceiro, pai, padrasto ou outro familiar.  Muitas dessas agressões levam imediatamente ao óbito, enquanto outras representam "situações crônicas de vida.

As mulheres que sofrem violência procuram mais os serviços de saúde, porém os/as profissionais ainda não identificam e/ou registram a violência nos prontuários como parte da rotina do atendimento. Entretanto, parece existir uma diferenciação no encaminhamento dos casos: as situações de violência doméstica ou sexual têm indicação para serviços de saúde mental, enquanto os outros tipos de violência - como, por exemplo, a violência urbana - não têm a mesma indicação.

A situação de violência contra a mulher apresenta, para os serviços de saúde, um problema para o que os modelos antigos de intervenção não dão uma resposta eficiente, e a solução é "jogá-lo" para a/o psicóloga/o -"que resolve coisas complicadas", "que entende de problemas da cabeça dessas mulheres problemáticas" - como última alternativa para o caso, sendo essa uma intervenção isolada, sem vinculação com outras questões da saúde, como a saúde da mulher e a saúde mental. Por outro lado, a atuação da Psicologia se faz necessária dentro do conjunto de intervenções para o enfrentamento do problema.

A violência psicológica gerando transtornos para a saúde e esses transtornos demandando intervenção da Psicologia. A atuação da Psicologia é percebida como necessária nos casos de violência psicológica e na baixa auto-estima da mulher que convive com a violência. No entanto, essa percepção parece isolada de uma atuação da saúde mental como política pública.

O universo da Psicologia aparece na definição, na tipologia de classificação das violências cometidas contra as mulheres, e, ao mesmo tempo, aparece como ação prioritária na prevenção e na assistência a esses casos, num primeiro momento, como forma de livrar os profissionais da saúde de enfrentar um tipo de situação da qual seus procedimentos e protocolos de atendimento não dão conta e num segundo momento, como integrante de uma rede de ações necessárias com uma demanda própria.

A política de saúde mental precisa também oferecer apoio psicológico às mulheres em situação de violência e às equipes de atendimento, num trabalho de `retaguarda' para os/as profissionais da saúde, de assessoramento nas discussões de saúde mental e de inclusão da saúde mental como um aspecto significativo da saúde.

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