Saiba tudo sobre Trombose Venosa Profunda





Olá, eu sou a Dani Souto. No texto de hoje, falaremos sobre: Saiba tudo sobre Trombose Venosa Profunda

As artérias levam sangue rico em oxigênio do coração para os órgãos. As veias são responsáveis pelo retorno do sangue dos tecidos para o coração. Após oxigenar os tecidos, o sangue é levado pelas veias até a veia cava, que é a maior veia do corpo humano. E daí para o coração. Há três tipos de veias: superficiais, que ficam localizadas próximo à pele; profundas, localizadas nos músculos; e veias perfurantes, que conectam as veias superficiais às profundas.

A trombose venosa profunda (TVP) consiste na formação de coágulos sanguíneos no interior das veias profundas. Normalmente compromete as veias da pelve, das coxas ou das panturrilhas, mas também pode acometer o braço, o peito ou outras partes do organismo.

A TVP manifesta-se como inchaço significativo, dor, sensação de peso no membro afetado e calor, pelo aumento de temperatura da pele. Pode causar uma complicação conhecida como embolia pulmonar, em que um coágulo formado no interior das veias profundas se fragmenta, viaja através do sistema sanguíneo e se aloja nos pulmões. A embolia pulmonar é uma emergência médica: pode causar a morte em um curto espaço de tempo. No entanto, uma vez diagnosticada, pode ser tratada de forma eficaz.

No que diz respeito aos sintomas, metade dos casos de TVP são assintomáticos. Quando presentes, os sintomas podem variar bastante dependendo da localização e do tamanho do coágulo. Alguns sintomas possíveis incluem inchaço significativo, sensibilidade, dor na perna (que piora ao caminhar ou ficar em pé), e pele com aumento da temperatura e coloração azul ou vermelha.

Causas

A TVP é resultado de um problema no sistema de coagulação: um pequeno coágulo dá origem a uma inflamação, que por sua vez forma novos coágulos. Quando as pernas ficam imóveis por muito tempo, o fluxo sanguíneo venoso fica muito lento ou estagnado, aumentando a possibilidade de formação de coágulos e, consequentemente, o risco de TVP.

Abaixo são listadas algumas causas:

  • Cirurgia de grande porte nos quadris, joelhos, pernas, panturrilhas, abdômen, tórax e cérebro.

  • Fratura na bacia ou nas pernas

  • Viagens prolongadas (às vezes chamada de síndrome da classe econômica, em função do pouco espaço para as pernas que os assentos de aviões dessa classe apresentam; no entanto, o desenvolvimento de TVP como resultado de viagens de avião é raro)

  • Distúrbios hereditários da coagulação

  • Cateter longo e fino inserido em alguma veia do braço

  • Uso de marcapasso ou desfibrilador cardioversor implantável

  • Presença de tumor próximo a uma veia

  • Câncer

  • Realização de atividades vigorosas repetitivas com os braços (por exemplo, em atletas levantadores de peso e nadadores)

Outros fatores que podem aumentar as chances de desenvolver TVP são obesidade, doença inflamatória intestinal, história de ataque cardíaco, derrame ou insuficiência cardíaca congestiva, gravidez e uso de pílulas anticoncepcionais.

Ser submetido a uma cirurgia de grande porte é a principal causa de TVP. Abaixo são listadas algumas medidas que podem ser tomadas antes da realização de uma cirurgia para evitar o problema:

  • Tomar anticoagulantes antes e logo após a cirurgia (com prescrição médica)

  • Utilizar aparelhos de compressão pneumática ou meias de compressão elástica nos membros inferiores durante e após a cirurgia

  • Caminhar ou fazer outros exercícios com as pernas assim que possível após a cirurgia



Diagnóstico

O primeiro passo no diagnóstico da TVP é uma entrevista detalhada feita pelo médico, incluindo aspectos como saúde geral, história familiar e sintomas. Paralelamente a essa entrevista, o médico realiza um exame clínico. Na grande maioria dos casos, o diagnóstico é feito baseado na história e no exame clínico. O diagnóstico é confirmado através da realização de uma ecografia vascular com Doppler. O exame de venografia raramente é indicado na prática médica atual, exceto nos casos de confirmação diagnóstica em estudos científicos.

A ecografia vascular com Doppler é o exame padrão para confirmar o diagnóstico. É indolor, de baixo custo e permite que o médico verifique a velocidade do fluxo sanguíneo, visualize a estrutura das veias e até mesmo os coágulos.

A venografia é um exame de raio X que permite visualizar a anatomia das veias e, às vezes, os coágulos dentro das veias. O exame utiliza uma solução de contraste que torna as veias visíveis no raio X. Raramente é indicada, como já foi comentado.

Tratamento

Normalmente, o tratamento da TVP é realizado com medicamentos ou procedimentos minimamente invasivos. Casos submetidos a tratamento cirúrgico são raros. A seguir são descritos os principais tratamentos.

Tratamento medicamentoso: É o tratamento padrão. O principal medicamento utilizado em pacientes com TVP é a heparina, um anticoagulante administrado por via endovenosa ou subcutânea que evita a formação de novos coágulos e impede que coágulos já formados aumentem de tamanho (a heparina não consegue dissolver coágulos já existentes). O tratamento com heparina costuma ter a duração de 5 a 7 dias. Após esse período, o tratamento continua por mais 6 meses com um anticoagulante de administração oral. Exames de sangue são realizados periodicamente durante o tratamento, a fim de monitorar o nível de anticoagulação da circulação, já que doses muito altas podem causar hemorragia.

Trombólise: Procedimento realizado para dissolver coágulos através da injeção direta de substâncias através de um cateter. A trombólise apresenta um índice maior de complicações hemorrágicas e derrame quando comparada com a terapia anticoagulante; por outro lado, permite dissolver coágulos maiores.

Trombectomia venosa: Procedimento disponível, porém usado mais raramente, que consiste na remoção de um coágulo de veia profunda. Essa cirurgia é indicada para um tipo específico de TVP grave, chamado de flegmasia cerúlea, que não responde a outro tipo de tratamento e pode causar a morte do tecido (gangrena) e consequente amputação.

Filtro de veia cava: Esta alternativa consiste na implantação de um filtro especial de metal que oferece proteção contra a ocorrência de embolia pulmonar para pacientes com contra-indicações para o tratamento anticoagulante ou aqueles que não responderam ao tratamento medicamentoso. A veia cava é a maior veia abdominal; leva sangue de volta para o coração e os pulmões. O filtro atua capturando coágulos que se soltaram das veias das pernas e impedindo que eles cheguem até os pulmões. A colocação do filtro é feita através de um cateter inserido em uma veia da perna, do pescoço ou do braço. A indicação do implante do filtro de veia cava deve ser criteriosa e amplamente discutida com a equipe médica, já que uma série de complicações têm sido observadas após o implante inadequado desse dispositivo.

Meias de compressão elástica: Meias de compressão elástica com graduação devem ser prescritas para reduzir o inchaço das pernas e impedir que o sangue fique estagnado.


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